Em uma daquelas frias aulas do inverno de 2004, o nosso excelentíssimo professor, “tchuco” já de tanta Cátiacha que ele bebia no copinho de café (até hoje acha que a gente não sabia), solicitou que nós escrevêssemos um conto. O professor nos deu apenas uma hora para concluirmos a atividade. A galera do fundão da época (Simoni, Hertha, Marília, Maraíza, Jerry, Mirele e eu) estava sem inspiração. A Maraíza, como sempre, foi a primeira a começar a escrever. Aos poucos todos foram buscando inspiração e começaram a desenvolver seus textos.
Na época eu cursava pós-graduação em História, trabalhava feito louco e ainda fazia curso de inglês aos sábados à tarde, de quinze em quinze dias (quando estava de folga na pós). Pensei num suspense... depois em algo cômico... Bom... escrevi, escrevi e saiu o conto abaixo. Não é uma obra de arte. Particularmente não é um texto bom. Mas fala de pessoas que estudaram comigo, pessoas especiais e achei válido registrar aqui o que eu aprontei no primeiro semestre de Letras.
Na época eu cursava pós-graduação em História, trabalhava feito louco e ainda fazia curso de inglês aos sábados à tarde, de quinze em quinze dias (quando estava de folga na pós). Pensei num suspense... depois em algo cômico... Bom... escrevi, escrevi e saiu o conto abaixo. Não é uma obra de arte. Particularmente não é um texto bom. Mas fala de pessoas que estudaram comigo, pessoas especiais e achei válido registrar aqui o que eu aprontei no primeiro semestre de Letras.
Vozes do silêncio...
Era uma tarde fria! No vilarejo tudo estava normal e a rotina das pessoas da pequena vila continuava a mesma. Nada de interessante acontecia. Inclusive o assunto nas rodas de conversa era a mesma, e a única coisa que tirava o sossego da pacata população local era a mulher misteriosa da casa de cor laranja.
Logo depois da Capela da cidade, entrando por uma rua com uma porteira quebrada, era possível visualizar uma rua de barro estreita e ao fim uma casa de cor laranja, com um jardim sem flores e o mato crescendo e tomando conta do terreno. Na casa morava uma mulher que ninguém nunca vira, uma mulher misteriosa e que mexia com a imaginação das pessoas.
Simoni, habitante da pacata Botuvinha e envolvida com seu projeto de escrever um livro com os contos populares da sua vila, havia agendado uma entrevista com a tal mulher misteriosa. Aquela que ninguém confiava. Ninguém mesmo, pois inclusive os cachorros evitavam sua casa. Para ajudá-la nessa tarefa árdua, pediu ajuda profissional a um grande amigo. Aguardava ansiosa a chegada do amigo que há tanto não via.
Thiago estava diferente, mais maduro, mais forte e mais charmoso. O tempo não havia afetado em nada seu porte físico, que sempre fora malhado. Thiago já tinha muitas experiências com coleta de memórias e sua organização literária. Mas até então nunca tinha levado tão a sério as histórias e lendas contadas por quem ele entrevistava.
Simoni, como sempre, espevitada! Quando o viu chegar, saiu correndo a seu encontro e como sempre, algo de errado aconteceu: tropeçou numa pedra e caiu. Mas se levantou, ergueu a cabeça e abraçou o amigo.
Com pouco tempo para muita conversa os dois se dirigiram para a casa da “dita cuja”. Thiago não podia imaginar o que o aguardava. Sabia por intermédio de Simoni que era uma mulher misteriosa, que nunca ninguém a vira e só se comunicava com as pessoas através de cartas e e-mails. Todas as suas compras eram feitas pela internet e as entregas na própria residência.
O vento começou a soprar mais forte, as árvores balançavam ao som de um vento que uivava cada vez mais alto. O farfalhar das folhas tornava o ambiente cada vez mais sinistro. Na rua, apenas Simoni e Thiago. Caminhando rumo a casa de cor laranja num clima de filme de terror. Seriam as primeiras pessoas a conversar com aquela que nunca ninguém vira antes.
Simoni havia decidido começar seus relatos pela pessoa que aparentemente menos conhecia a história da cidade, mas que ultimamente mais mexia com a imaginação da população local. Os dois adentraram no terreno pertencente a tal misteriosa. No céu, nuvens negras se encontravam, relampejos iluminavam o final da tarde que rapidamente escurecia.
Thiago bateu a porta. Simoni o fitou com um olhar de desconfiança, talvez medo. Apesar de muito religiosa, para não dizer beata, Simoni morria de medo do sobrenatural. Acreditava que existiam pessoas e espíritos dispostos a fazer o mal. Simoni não entendia como tantas hipóteses e medos rondavam sua mente, enquanto ao mesmo tempo estava ao lado do homem mais corajoso que já conhecera.
A porta se abriu, chegara o momento de conhecer a.........
- Marília!!!! É você???? Gritou Simoni com voz de espanto e alívio.
- O que você está fazendo aqui criatura? Perguntou Thiago.
Sem entender nada, como sempre, Marília, que acabava de comer uma cenoura disse:
- Eu moro aqui gente... – Marília riu.
- Entrem, vamos sentar. Eu nunca poderia imaginar que encontraria vocês. Quando recebi a carta pedindo para ser entrevistada, reconheci a letra da Simoni. Só não esperava que você, Thiago, viria também. Ai, que legal.
E os três passaram o resto da noite conversando e relembrando os velhos tempos de faculdade. As aulas da Jeanete. O ignorante do argentino. Só não entenderam o que Marília fazia ali. Vai ver ela era louca mesmo e a gente achava que era tudo brincadeira dela. Nossa, como o pessoal ria com a Marília. Sempre com seus comentários cômicos em sala de aula, suas sugestões de como trabalhar em sala de aula. E a pobre Simoni, tão empolgada com seu projeto, acabou ficando sem seu livro de contos, pois o mistério da cidade era só a sua velha amiga Marília.
Um comentário:
Ahh, tem q ser o thiagoo.. (;
"Thiago estava diferente, mais maduro, mais forte e mais charmoso. O tempo não havia afetado em nada seu porte físico, que sempre fora malhado."
hiuASiuAHSiuASUihaSUIhAIUSHiauHS
Ahh, o conto é ótimoo :D
O Thiagoo escreve mtu beemm néah ;D
Bjaumm ;**
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